A materialista
Eles desempenham um papel crucial em aplicações médicas, como implantes, próteses e dispositivos médicos, promovendo a cura e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Os biomateriais podem ser definidos como substâncias de origens naturais ou sintéticas que são toleradas de forma transitória ou permanente pelos diversos tecidos que constituem os órgãos dos seres vivos.
Eles são utilizados como um todo ou parte de um sistema que trata, restaura ou substitui algum tecido, orgão ou função do corpo. Os principais avanços no campo dos biomateriais tem ocorrido principalmente devido ao aumento do número de pacientes em função do aumento da população e da expectativa de vida.
Os biomateriais podem ser classificados de acordo com o seu comportamento fisiológico em:
Biotoleráveis: materiais apenas tolerados pelo organismo, sendo isolados dos tecidos adjacentes através da formação de camada envoltória de tecido fibroso – polímeros e metais;
Bioinerte: materiais também tolerados pelo organismo, mas em que a formação de envoltório fibroso é inexistente - Alumina, Zircônia, ligas de titânio, carbono;
Bioativos: materiais em que ocorre ligações de natureza química entre material e tecido ósseo (osteointegração). Em função da similaridade química entre estes materiais e a parte mineral óssea, os tecidos ósseos se ligam a estes materiais, permitindo a osteocondução através do recobrimento por células ósseas – vitrocerâmicas e compostos a base de fosfato de cálcio;
Reabsorvíveis: materiais que após certo período de tempo em contato com os tecidos acabam sendo degradados, solubilizados ou fagocitados pelo organismo – ácido poliláctico.
Falando, um pouco mais sobre cerâmicos, eles foram utilizados pela primeira vez como biomateriais a cerca de 25 anos. Inicialmente a atenção era voltada para o desenvolvimento de materiais cerâmicos que provocassem uma mínima ou nenhuma reação do tecido, características típicas destes materiais em meios agressivos, porém com o passar do tempo, houve uma modificação na proposta e agora os materiais cerâmicos deveriam provocar reações de formação de tecido e, se possível, com a formação de uma ligação íntima entre a cerâmica e os tecidos.